União Africana age para evitar nova guerra no Sudão do Sul
- Márcia Oliveira
- 7 de abr.
- 2 min de leitura

A recente crise política no Sudão do Sul tem atraído atenção internacional, especialmente após a detenção do Primeiro Vice-Presidente Riek Machar. Em resposta, mediadores da União Africana (UA) chegaram à capital, Juba, para conduzir negociações urgentes visando evitar um retorno à guerra civil.
Contexto da Crise
O Sudão do Sul, que conquistou sua independência em 2011, tem enfrentado desafios contínuos de instabilidade política e conflitos internos. A guerra civil de 2013 a 2018 resultou na morte de centenas de milhares de pessoas. Embora um acordo de paz tenha sido assinado em 2018, as tensões entre o Presidente Salva Kiir e Riek Machar persistem. Recentemente, o governo acusou Machar de incitar uma nova rebelião, levando à sua prisão domiciliar.
Intervenção da União Africana
Diante da escalada das tensões, a União Africana enviou uma delegação de mediadores a Juba. Essa equipe inclui membros do "Painel dos Sábios", como o ex-presidente do Burundi, Domitien Ndayizeye, e a ex-juíza queniana Effie Owuor. O objetivo principal é facilitar o diálogo entre as partes em conflito e reforçar a implementação do Acordo Revitalizado sobre a Resolução do Conflito no Sudão do Sul (R-ARCSS).
Desenvolvimentos Recentes
Além dos esforços da UA, líderes regionais também estão envolvidos na busca por soluções. O Presidente de Uganda, Yoweri Museveni, visitou Juba para discutir a crise com o Presidente Kiir. Enquanto isso, as Nações Unidas intensificaram patrulhas em campos de deslocados internos, refletindo a preocupação com a segurança dos civis em meio ao aumento da violência.
Reações Internacionais
A comunidade internacional tem manifestado preocupação com a situação no Sudão do Sul. Os Estados Unidos anunciaram a revogação de todos os vistos de cidadãos sul-sudaneses, citando a falta de cooperação do país em aceitar o retorno de seus cidadãos deportados. Enquanto isso, o Secretário-Geral da ONU, António Guterres, alertou que o país está à beira de uma nova guerra civil e apelou aos líderes regionais e internacionais para que falem com uma só voz em apoio ao retorno à paz.
Conclusão
A situação no Sudão do Sul permanece volátil, com esforços diplomáticos em andamento para evitar um retorno ao conflito armado. A atuação da União Africana e de líderes regionais é crucial para mediar as tensões e promover uma solução pacífica e duradoura para a crise.
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